Ao reencarnarmos trazemos conosco algumas âncoras. São amarras que nos impedem de seguir em frente. A maioria de nós continua justificando a lentidão da trajetória evolutiva com fatores externos, como família, cônjuge, filhos, falta de tempo, etc.
Nenhum desses fatores deveria ser considerado como uma âncora impeditiva à nossa jornada, pois são experiências e possibilidades de exercitar o livre-arbítrio, para escolher largar as âncoras e seguir em frente ou mantê-las e usá-las como escudo.
Tais âncoras são sentimentos que insistimos em manter devido a nossa interpretação equivocada das situações que nos circundam. Esse equívoco ocorre porque em geral analisamos essas situações apenas sobre o prisma de nosso ego e, principalmente, visualizando somente os fatos da atual encarnação.
Alguns dos principais sentimentos que servem como âncora são a raiva, o orgulho, a ausência de organização e planejamento, o medo, a necessidade de sentir-se amado e aceito, não ter limites ou não saber colocar limites, insegurança, entre outros.
Quando assumimos a responsabilidade de nosso amadurecimento, assumimos também a condução do processo e deixamos de ser movidos pelos fatores externos. Modificando a forma de interpretar o mundo identificamos com maior clareza essas âncoras. A partir da consciência e aceitação dos sentimentos que ainda carregamos temos a oportunidade de escolher não alimentá-los mais, oportunizando a evolução de nosso ego, ou de seguirmos nos vitimizando e desperdiçando o tempo precioso de nossa encarnação. Seremos sempre os protagonistas de nossa história, seja ela de sucesso ou não.
A velocidade com que iremos evoluir espiritualmente dependerá exclusivamente de nossa decisão. E qualquer que seja ela, sempre haverá quem concorde ou discorde. Por isso é preciso termos como base para nossas escolhas nossos princípios éticos, utilizando como referência a ética da espiritualidade e as leis universais, que norteiam a todos nós na busca do equilíbrio e do bem comum.